Política

Tempestade geomagnética neste fim de semana pode confundir GPS e satélites; entenda

Se preparem: uma quantidade incomum de atividade solar esta semana pode perturbar algumas das tecnologias mais importantes e das quais a sociedade depende.

Na quinta-feira (9), o governo dos EUA emitiu o seu primeiro alerta de tempestade geomagnética severa em quase 20 anos, alertando o público sobre “pelo menos cinco ejeções de massa coronal dirigidas pela Terra”, bem como manchas solares cobrindo uma área 16 vezes maior que a própria Terra.

Uma tempestade geomagnética severa, ou G4, é o segundo grau mais alto no sistema de classificação das autoridades norte-americanas.

A radiação desta atividade começará a atingir o campo magnético da Terra na sexta-feira (10) e durará até o fim de semana, disse a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês).

A intensa vigilância do clima espacial da NOAA sugere que a tempestade pode desencadear numerosos efeitos para a vida na Terra, possivelmente afetando a rede elétrica, bem como as comunicações via satélite e de rádio de alta frequência.

Impactos nas comunicações
A atividade solar de que a NOAA está falando envolve a liberação de energia do sol que viaja pelo espaço e eventualmente chega à Terra.

Quando essa radiação atinge a esfera magnética que circunda o planeta, causa flutuações na ionosfera, uma camada da atmosfera superior.

Essas mudanças podem afetar diretamente os satélites e outras naves espaciais em órbita, alterando a sua orientação ou potencialmente desativando os seus componentes eletrônicos.

Além disso, as mudanças na ionosfera podem bloquear ou degradar as transmissões de rádio que tentam passar pela atmosfera para chegar aos satélites.

E também podem impedir que as transmissões de rádio sejam refletidas com sucesso na ionosfera — o que alguns operadores de rádio normalmente fazem para aumentar o alcance dos seus sinais.

Dado que os satélites GPS dependem de sinais que penetram na ionosfera, a perturbação geomagnética que os cientistas esperam poderá afetar essa tecnologia crítica utilizada por aviões, navios oceânicos, na agricultura e nas indústrias de petróleo e gás.

Também poderá afetar as transmissões de rádio de ondas curtas utilizadas por navios e aeronaves, agências de gestão de emergências, militares e até operadores de rádio amador, todos os quais dependem das ondas de rádio de alta frequência que, segundo a NOAA, poderão ser dispersas pela tempestade.

“As tempestades geomagnéticas podem impactar a infraestrutura na órbita próxima à Terra e na superfície da Terra, potencialmente interrompendo as comunicações, a rede de energia elétrica, a navegação, as operações de rádio e satélite”, disse o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC, na sigla em inglês) da NOAA em um comunicado.

“A SWPC notificou os operadores desses sistemas para que possam tomar medidas de proteção”.

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